"A vossa oferta apanhou-me desprevenido. E tinhas razão, nunca me senti tão perdido.
Satanás tentou Cristo no Seu momento de maior fraqueza. Depois de 40 dias sem comer nem beber.
Não tenho a força de Cristo para resistir, mas...
Mas vós não tendes a astúcia de Satanás.
Aprendi convosco, vedes?
A política pode ser um acordo entre pedintes, mas a conciliação do Bem com o Mal é impossível.
O trabalho do Senhor não se mistura com poder e ganância. A vossa argamassa moral é corrupta.
As paredes da vossa igreja vão desmoronar-se, o teto cairá, e vós e todos quantos orarem convosco, serão esmagados.
Preferia viver o resto dos meus dias a dar de comer aos porcos no mosteiro do que a alimentar a vossa ambição insaciável.".
- -
*Trecho extraído da série “Os Pilares da Terra”
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terça-feira, 14 de junho de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Pedaço de Mim*
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus.
*Chico Buarque de Holanda
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus.
*Chico Buarque de Holanda
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A Via Láctea*
[...]
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima...
[...]
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim...
[...]
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim...
*Música de Legião Urbana
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima...
[...]
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim...
[...]
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim...
*Música de Legião Urbana
Coisas que você não fez*
Lembra-se do dia em que tomei emprestado o seu carro novo em folha e o amassei? Pensei que me agrediria, mas você não me agrediu.
E lembra-se da vez que a arrastei para a praia e você disse que ia chover e choveu? Pensei que ia dizer "não disse?" Mas você não disse.
Lembra-se quando lhe provoquei ciúme e consegui? Pensei que você me largaria, mas você não me largou.
Lembra-se da vez que derramei torta de morango em cima do tapete do seu carro? Pensei que você seria grosseira comigo, mas você não foi.
E lembra-se de quando me esqueci de lhe avisar que a festa era a rigor e você apareceu de "jeans"? Pensei que você não me desculparia e você me desculpou logo.
É, houve uma porção de coisas que você não fez. Mas me aguentou, e me amou, me compreendeu, me protegeu.
Havia muitas coisas que eu queria lhe retribuir quando você voltasse...
Mas você não voltou.
* Créditos:
Autor desconhecido
Texto adptado da fonte:
BUSCAGLIA, Leo. Vivendo Amando e Aprendendo
Encontrado no http://thaizhpimentinha.blogspot.com
E lembra-se da vez que a arrastei para a praia e você disse que ia chover e choveu? Pensei que ia dizer "não disse?" Mas você não disse.
Lembra-se quando lhe provoquei ciúme e consegui? Pensei que você me largaria, mas você não me largou.
Lembra-se da vez que derramei torta de morango em cima do tapete do seu carro? Pensei que você seria grosseira comigo, mas você não foi.
E lembra-se de quando me esqueci de lhe avisar que a festa era a rigor e você apareceu de "jeans"? Pensei que você não me desculparia e você me desculpou logo.
É, houve uma porção de coisas que você não fez. Mas me aguentou, e me amou, me compreendeu, me protegeu.
Havia muitas coisas que eu queria lhe retribuir quando você voltasse...
Mas você não voltou.
* Créditos:
Autor desconhecido
Texto adptado da fonte:
BUSCAGLIA, Leo. Vivendo Amando e Aprendendo
Encontrado no http://thaizhpimentinha.blogspot.com
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O tamanho da dor*
Mais uma vida jogada fora
Um coração que já não bate mais, descanse em paz
Sonhos que vão embora, antes da hora
Sonhos que ficam pra trás.
[...]
E agora?
[...]
A dor é do tamanho de um prédio
Não tem remédio, não tem explicação, não tem volta
Os amigos não aceitam, o irmão se revolta
A família não acredita no que aconteceu
Ninguém consegue entender (...)
O seu pai ficou mais velho, mais sério e mais triste
E a mãe simplesmente não resiste.
[...]
Todo mundo toda hora tem vontade de chorar.
[...]
Realmente é impossível entender.
Nenhuma resposta vai ser capaz de trazer de novo a paz à família.
Nunca mais suas vidas serão como antes
E eles olham o seu retrato na estante
Aquele brilho no olhar e o jeitão de criança
Agora não passam de uma lembrança
E a esperança de que esteja bem, seja onde for,
Não diminui o vazio que deixou
[...]
A tristeza às vezes é tão forte que é mais fácil fingir que não houve morte.
[...]
*Editada e adaptada da música "Pra onde vai?" (Gabriel, O Pensador)
- -
tentando não morrer de tristeza
Um coração que já não bate mais, descanse em paz
Sonhos que vão embora, antes da hora
Sonhos que ficam pra trás.
[...]
E agora?
[...]
A dor é do tamanho de um prédio
Não tem remédio, não tem explicação, não tem volta
Os amigos não aceitam, o irmão se revolta
A família não acredita no que aconteceu
Ninguém consegue entender (...)
O seu pai ficou mais velho, mais sério e mais triste
E a mãe simplesmente não resiste.
[...]
Todo mundo toda hora tem vontade de chorar.
[...]
Realmente é impossível entender.
Nenhuma resposta vai ser capaz de trazer de novo a paz à família.
Nunca mais suas vidas serão como antes
E eles olham o seu retrato na estante
Aquele brilho no olhar e o jeitão de criança
Agora não passam de uma lembrança
E a esperança de que esteja bem, seja onde for,
Não diminui o vazio que deixou
[...]
A tristeza às vezes é tão forte que é mais fácil fingir que não houve morte.
[...]
*Editada e adaptada da música "Pra onde vai?" (Gabriel, O Pensador)
- -
tentando não morrer de tristeza
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Hidden Place*
Through the warmthest
Cord of care
Your love was sent to me
I'm not sure
What to do with it
Or where to put it
I'm so close to tears
And so close to
Simply calling you up
I'm simply suggesting
We go to the hidden place
That we go to the hidden place
We go to the hidden place
We go to a hidden place
Now I have
Been slightly shy
And I can smell a pinch of hope
To almost have allowed once fingers
To stroke
The fingers I was given to touch with
But careful, careful
There lies my passion, hidden
There lies my love
I'll hide it under a blanket
Lull it to sleep
I'll keep it in a hidden place
I'll keep it in a hidden place
Keep it in a hidden place
In a hidden place
He's the beautifullest
Fragilest
Still strong
Dark and divine
And the littleness of his movements
He hides himself
He invents a charm to be invisible
Hides in the air
Can I hide there too?
Hide in the air of him
Seek solace
Sanctuary
In the hidden place
In a hidden place
In a hidden place
We'll stay in a hidden place
Ooohh in a hidden place
We'll live in a hidden place
We'll be in a hidden place
In a hidden place
Björk
- -
Então, por que ainda ouço?
Cord of care
Your love was sent to me
I'm not sure
What to do with it
Or where to put it
I'm so close to tears
And so close to
Simply calling you up
I'm simply suggesting
We go to the hidden place
That we go to the hidden place
We go to the hidden place
We go to a hidden place
Now I have
Been slightly shy
And I can smell a pinch of hope
To almost have allowed once fingers
To stroke
The fingers I was given to touch with
But careful, careful
There lies my passion, hidden
There lies my love
I'll hide it under a blanket
Lull it to sleep
I'll keep it in a hidden place
I'll keep it in a hidden place
Keep it in a hidden place
In a hidden place
He's the beautifullest
Fragilest
Still strong
Dark and divine
And the littleness of his movements
He hides himself
He invents a charm to be invisible
Hides in the air
Can I hide there too?
Hide in the air of him
Seek solace
Sanctuary
In the hidden place
In a hidden place
In a hidden place
We'll stay in a hidden place
Ooohh in a hidden place
We'll live in a hidden place
We'll be in a hidden place
In a hidden place
Björk
- -
Então, por que ainda ouço?
domingo, 3 de outubro de 2010
De verdade*
É dessas mulheres pra comer com dez talheres
De quatro, lado, frente, verso, embaixo, em pé
Roer, revirar, retorcer, lambuzar e deixar o seu corpo
Tremendo, gemendo, gemendo, gemendo
Ela 'tava' demais,
Peito nu com cinco ou seis colares,
Me fez levitar em meio a sete mares,
E me pediu que lhe batesse,
Lhe arrombasse,
Lhe chamasse de cafona, marafona, bandidona.
*da música "Eu comi a Madona" - Ana Carolina
De quatro, lado, frente, verso, embaixo, em pé
Roer, revirar, retorcer, lambuzar e deixar o seu corpo
Tremendo, gemendo, gemendo, gemendo
Ela 'tava' demais,
Peito nu com cinco ou seis colares,
Me fez levitar em meio a sete mares,
E me pediu que lhe batesse,
Lhe arrombasse,
Lhe chamasse de cafona, marafona, bandidona.
*da música "Eu comi a Madona" - Ana Carolina
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Notícias Populares*
Tudo se acaba.
Olha o noticiário!
Água se acaba.
Se acaba a prece do vigário.
E eu quero ser a mendiga suja e descabelada
Dormindo na vertical.
Entender como a vida de alguém
se acaba antes do final.
Prefiro Lou Reed do Velvet Underground.
Gosto de Silvia Plath, S.Eliot,
Emily Dickinson, Lucinda,
Délia, Manoel de Barros ficam eternos por mim.
Esqueço a crise da Argentina
Quebrando o pau com a menina no sinal
Em castelhano, ê
Eu furo os planos, ê
Eu furo o dedo, mando vê
Examinando, lanho o braço
Aperto o passo. Não sou louca!
É...
Tomei um tiro
No vidro do meu carro
É a pobreza
Tirando o seu sarro
Foi meu dinheiro,
Foi meu livro caro
Que façam bom proveito
Da grana que roubaram
Porque eu trabalho
E outro dinheiro eu vou ganhar
Tomei um táxi
O motorista mexicano,
Veio falando sobre o onze de setembro.
Havia um homem na calçada lendo o "Código Da Vinci"
Ou lia o código da venda?
E na parada havia um peruano
Cheio de badulaques, ô
Vendendo Nike, ô
Vendendo bike, Coca Light, canivete
Aceita cheque pros breguetes.
Notícias do Iraque na Tv da lanchonete.
Notícias populares
Voam pelos ares
E amanhã, meu nêgo, ninguém sabe
Se alguém recua ou se alguém invade
Se alguém tem nome ou se alguém tem fome.
Que façam bom proveito
Do pouco que restar
Se tanta gente vive
Só com o que dá pra aproveitar.
Tudo se acaba.
Olha o noticiário!
*Música de Ana Carolina
Não! Não sinto nenhum tipo de piedade, nem pretendo. Ao contrário, aos maus, os castigos mais duros possíveis.
Olha o noticiário!
Água se acaba.
Se acaba a prece do vigário.
E eu quero ser a mendiga suja e descabelada
Dormindo na vertical.
Entender como a vida de alguém
se acaba antes do final.
Prefiro Lou Reed do Velvet Underground.
Gosto de Silvia Plath, S.Eliot,
Emily Dickinson, Lucinda,
Délia, Manoel de Barros ficam eternos por mim.
Esqueço a crise da Argentina
Quebrando o pau com a menina no sinal
Em castelhano, ê
Eu furo os planos, ê
Eu furo o dedo, mando vê
Examinando, lanho o braço
Aperto o passo. Não sou louca!
É...
Tomei um tiro
No vidro do meu carro
É a pobreza
Tirando o seu sarro
Foi meu dinheiro,
Foi meu livro caro
Que façam bom proveito
Da grana que roubaram
Porque eu trabalho
E outro dinheiro eu vou ganhar
Tomei um táxi
O motorista mexicano,
Veio falando sobre o onze de setembro.
Havia um homem na calçada lendo o "Código Da Vinci"
Ou lia o código da venda?
E na parada havia um peruano
Cheio de badulaques, ô
Vendendo Nike, ô
Vendendo bike, Coca Light, canivete
Aceita cheque pros breguetes.
Notícias do Iraque na Tv da lanchonete.
Notícias populares
Voam pelos ares
E amanhã, meu nêgo, ninguém sabe
Se alguém recua ou se alguém invade
Se alguém tem nome ou se alguém tem fome.
Que façam bom proveito
Do pouco que restar
Se tanta gente vive
Só com o que dá pra aproveitar.
Tudo se acaba.
Olha o noticiário!
*Música de Ana Carolina
Não! Não sinto nenhum tipo de piedade, nem pretendo. Ao contrário, aos maus, os castigos mais duros possíveis.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Quando tudo se torna claro*

Dela para ele, sem interrupção:
- Não chore. Por que está chorando?
Sou tão grata a você.
- Você estava mesmo apaixonado por mim?
Achava mesmo que eu era tão boa?
- Se eu fosse mesmo uma boa pessoa, teria feito de você um homem... em vez de pensar apenas no seu prazer e na minha felicidade.
- Não o teria guardado só para mim.
- Olhe para mim.
- Você tem razão.
As qualidades que lhe faltam...são culpa minha.
- Realmente nunca falei com você sobre o futuro.
- Me perdoe.
- Eu o amei como se fôssemos morrer no mesmo dia.
- Eu o carreguei no meu coração por tanto tempo!
- Me esqueci que você teria que carregar seus próprios fardos.
- Uma jovem esposa... talvez até mesmo um filho.
- E então... você sofrerá... sentirá saudade de mim... e terá que tentar encontrar sabedoria suficiente... e tolerância para não causar sofrimento aos outros.
- O fato é... que agora você sentiu o sabor da juventude.
- Nunca é satisfatório, mas você sempre vai querer voltar para sentir mais.
- Você precisa ir embora.
- Eu te amo, mas é tarde demais.
- Então vista-se e vá embora.
*Diálogo do filme Cheri
Créditos da imagem: castellolopesmultimedia.com
Minhas desculpas, por ter, talvez, revelado mais que o desejado sobre o filme. Mas era importante registrar dessa forma.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Entre a serpente e a estrela
Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher...
Ninguém sai
Com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a Serpente
E a Estrela...
Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração...
Não existe saudade
Mais cortante
Que a de um
Grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente...
Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
O passado de volta
Num semblante de mulher...
*música de Zé Ramalho
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher...
Ninguém sai
Com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a Serpente
E a Estrela...
Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração...
Não existe saudade
Mais cortante
Que a de um
Grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente...
Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
O passado de volta
Num semblante de mulher...
*música de Zé Ramalho
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Invictus*
Fora da noite que me encobre,
Negro como o poço de polo a polo,
Agradeço ao que os deuses possam ser.
Pela minha alma inconquistável.
Nas garras das circunstâncias.
Eu não recuei e nem gritei.
Sob os golpes do destino.
Minha cabeça está sangrando,
mas não abaixada.
Além deste lugar de ira e lágrimas.
Só surge o horror da sombra,
E ainda a ameaça dos anos.
Encontra e me encontrará sem medo.
Não importa quão estreito seja o portão,
Como é cobrada a punição do que está escrito
Eu sou o mestre do meu destino:
Eu sou o capitão da minha alma.
*Wiliam Ernest Henley (tradução: versão do filme "Invictus")
Negro como o poço de polo a polo,
Agradeço ao que os deuses possam ser.
Pela minha alma inconquistável.
Nas garras das circunstâncias.
Eu não recuei e nem gritei.
Sob os golpes do destino.
Minha cabeça está sangrando,
mas não abaixada.
Além deste lugar de ira e lágrimas.
Só surge o horror da sombra,
E ainda a ameaça dos anos.
Encontra e me encontrará sem medo.
Não importa quão estreito seja o portão,
Como é cobrada a punição do que está escrito
Eu sou o mestre do meu destino:
Eu sou o capitão da minha alma.
*Wiliam Ernest Henley (tradução: versão do filme "Invictus")
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Sentidos*
Não quero seu sorriso
Quero sua boca
No meu rosto
Sorrindo pra mim
Não quero seus olhares
Quero seus cílios
Nos meus olhos
Piscando pra mim
Transfere pro meu corpo
Seus sentidos
Pra eu sentir
A sua dor, os seus gemidos
E entender porque
Quero você !
Não quero seu suor
Quero seus poros
Na minha pele
Explodindo de calor.
Música de Zélia Duncan
Quero sua boca
No meu rosto
Sorrindo pra mim
Não quero seus olhares
Quero seus cílios
Nos meus olhos
Piscando pra mim
Transfere pro meu corpo
Seus sentidos
Pra eu sentir
A sua dor, os seus gemidos
E entender porque
Quero você !
Não quero seu suor
Quero seus poros
Na minha pele
Explodindo de calor.
Música de Zélia Duncan
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O mundo anda tão complicado *
Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez.
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som.
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço.
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor.
Música de Legião Urbana
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez.
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som.
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço.
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor.
Música de Legião Urbana
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Sobre ser inconstante*
"- (...) Minhas senhoras, é um jovem inconstante, acessível a toda
as belezas, repudiando-as ao mesmo tempo para correr atrás de outra,
que será logo deixada pela vista de uma nova, como se ele fosse a
inércia da matéria, que conserva uma impressão, mas que não a guarda
senão o tempo que é gasto para um novo agente modificá-la!
- Peço a palavra para responder!
- A minha inconstância é natural, justa e, sem dúvida, estimável.
Eu vejo uma senhora bela, amo-a não porque ela é senhora... mas
porque é bela; logo, eu amo a beleza. Ora, este atributo não foi
exclusivamente dado a uma só senhora, e quando o encontro em outra,
fora injustiça que eu desprezasse nesta aquilo mesmo que tanto amei
na primeira.
- Mais ainda. Todo o mundo sabe que não há quem nasça perfeito.
Suponhamos que eu estou na agradável companhia de três jovens;
todas são lindas; mas a primeira vence a segunda na delicadeza do
talhe, esta supera aquela na ternura do olhar e na graça dos sorrisos, e
a terceira, enfim, ganha as duas na sublime harmonia de umas bastas
madeixas negras, coroando um rosto romanticamente pálido; ora, bem
se vê que seria cometer a mais detestável injustiça se eu, por amar a
delicadeza do talhe da primeira, me esquecesse das ternuras dos
olhares e da graça dos sorrisos da segunda, assim como das bastas
madeixas negras e do rosto romanticamente pálido da última.
- Eis aqui, pois, por que sou inconstante, minhas senhoras; é o
respeito que tributo ao merecimento de todas, é talvez o excesso a que
levo as considerações que julgo devidas ao sexo amável, que me faz ser
volúvel (...)".
* "A Moreninha" - (Joaquim Manoel de Macedo)
as belezas, repudiando-as ao mesmo tempo para correr atrás de outra,
que será logo deixada pela vista de uma nova, como se ele fosse a
inércia da matéria, que conserva uma impressão, mas que não a guarda
senão o tempo que é gasto para um novo agente modificá-la!
- Peço a palavra para responder!
- A minha inconstância é natural, justa e, sem dúvida, estimável.
Eu vejo uma senhora bela, amo-a não porque ela é senhora... mas
porque é bela; logo, eu amo a beleza. Ora, este atributo não foi
exclusivamente dado a uma só senhora, e quando o encontro em outra,
fora injustiça que eu desprezasse nesta aquilo mesmo que tanto amei
na primeira.
- Mais ainda. Todo o mundo sabe que não há quem nasça perfeito.
Suponhamos que eu estou na agradável companhia de três jovens;
todas são lindas; mas a primeira vence a segunda na delicadeza do
talhe, esta supera aquela na ternura do olhar e na graça dos sorrisos, e
a terceira, enfim, ganha as duas na sublime harmonia de umas bastas
madeixas negras, coroando um rosto romanticamente pálido; ora, bem
se vê que seria cometer a mais detestável injustiça se eu, por amar a
delicadeza do talhe da primeira, me esquecesse das ternuras dos
olhares e da graça dos sorrisos da segunda, assim como das bastas
madeixas negras e do rosto romanticamente pálido da última.
- Eis aqui, pois, por que sou inconstante, minhas senhoras; é o
respeito que tributo ao merecimento de todas, é talvez o excesso a que
levo as considerações que julgo devidas ao sexo amável, que me faz ser
volúvel (...)".
* "A Moreninha" - (Joaquim Manoel de Macedo)
O que importa*
" - Já fizeste isto antes?
- Naturalmente. Centenas de vezes…quer dizer, muitíssimas vezes.
(...)
Ele puxou-a para baixo, fê-la ajoelhar-se à sua frente.
- Escuta. Quantos mais homens tiveste, mais te quero. Compreendes?
- Perfeitamente.
- Odeio a pureza, odeio a virtude. Não quero que exista virtude alguma, em parte nenhuma. Quero que todos sejam corruptos até os ossos.
- Então eu te sirvo, querido. Sou corrupta até os ossos.
- Gostas de fazer isto? Não me refiro a mim, somente. Gostas da coisa em si?
- Adoro!
Acima de tudo, era o que desejava ouvir. Não somente o amor de uma pessoa, mas o instinto animal, o desejo simples, indiscriminado (...)"
* "1984" (George Orwell)
- Naturalmente. Centenas de vezes…quer dizer, muitíssimas vezes.
(...)
Ele puxou-a para baixo, fê-la ajoelhar-se à sua frente.
- Escuta. Quantos mais homens tiveste, mais te quero. Compreendes?
- Perfeitamente.
- Odeio a pureza, odeio a virtude. Não quero que exista virtude alguma, em parte nenhuma. Quero que todos sejam corruptos até os ossos.
- Então eu te sirvo, querido. Sou corrupta até os ossos.
- Gostas de fazer isto? Não me refiro a mim, somente. Gostas da coisa em si?
- Adoro!
Acima de tudo, era o que desejava ouvir. Não somente o amor de uma pessoa, mas o instinto animal, o desejo simples, indiscriminado (...)"
* "1984" (George Orwell)
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Perhaps Love
Perhaps love is like a resting place, a shelter from the storm
It exists to give you comfort, it is there to keep you warm
And in those times of trouble when you are most alone
The memory of love will bring you home.
Perhaps love is like a window, perhaps an open door
It invites you to come closer, it wants to show you more
And even if you lose yourself and don't know what to do
The memory of love will see you through.
Love to some is like a cloud, to some as strong as steel
For some a way of living, for some a way to feel
And some say love is holding on and some say letting go
And some say love is everything, and some say they don't know.
Perhaps love is like the ocean, full of conflict, full of pain
Like a fire when it's cold outside, thunder when it rains
If I should live forever, and all my dreams come true
My memories of love will be of you.
Some say love is holding on and some say letting go
Some say love is everything and some say they don't know.
Perhaps love is like the ocean, full of conflict, full of pain
Like a fire when it's cold outside, thunder when it rains
If I should live forever, and all my dreams come true
My memories of love will be of you.
*Composição: John Denver
It exists to give you comfort, it is there to keep you warm
And in those times of trouble when you are most alone
The memory of love will bring you home.
Perhaps love is like a window, perhaps an open door
It invites you to come closer, it wants to show you more
And even if you lose yourself and don't know what to do
The memory of love will see you through.
Love to some is like a cloud, to some as strong as steel
For some a way of living, for some a way to feel
And some say love is holding on and some say letting go
And some say love is everything, and some say they don't know.
Perhaps love is like the ocean, full of conflict, full of pain
Like a fire when it's cold outside, thunder when it rains
If I should live forever, and all my dreams come true
My memories of love will be of you.
Some say love is holding on and some say letting go
Some say love is everything and some say they don't know.
Perhaps love is like the ocean, full of conflict, full of pain
Like a fire when it's cold outside, thunder when it rains
If I should live forever, and all my dreams come true
My memories of love will be of you.
*Composição: John Denver
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Vinte e nove
Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais)
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove, com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.
(E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez)
*Música Legião Urbana
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais)
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove, com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.
(E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez)
*Música Legião Urbana
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
José*
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
*Carlos Drummond de Andrade
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
*Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
3ª Do Plural
Corrida pra vender cigarro
cigarro pra vender remédio
remédio pra curar a tosse
tossir, cuspir, jogar pra fora
corrida pra vender os carros
pneu, cerveja e gasolina
cabeça pra usar boné
e professar a fé de quem patrocina
Eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar, de rir ... Querem te fazer chorar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
Corrida contra o relógio
silicone contra a gravidade
dedo no gatilho, velocidade
quem mente antes diz a verdade
satisfação garantida
obsolescência programada
eles ganham a corrida antes mesmo da largada
Eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar, à sede...eles querem te sedar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
Vender... Comprar... Vedar os olhos
jogar a rede contra a parede
querem te deixar com sede
não querem nos deixar pensar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
*Música dos Engenheiros do Hawaii.
- -
Nada como um dia depois do outro.
cigarro pra vender remédio
remédio pra curar a tosse
tossir, cuspir, jogar pra fora
corrida pra vender os carros
pneu, cerveja e gasolina
cabeça pra usar boné
e professar a fé de quem patrocina
Eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar, de rir ... Querem te fazer chorar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
Corrida contra o relógio
silicone contra a gravidade
dedo no gatilho, velocidade
quem mente antes diz a verdade
satisfação garantida
obsolescência programada
eles ganham a corrida antes mesmo da largada
Eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar, à sede...eles querem te sedar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
Vender... Comprar... Vedar os olhos
jogar a rede contra a parede
querem te deixar com sede
não querem nos deixar pensar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
*Música dos Engenheiros do Hawaii.
- -
Nada como um dia depois do outro.
Um dia de cada vez
"Mas quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
De todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar"
* "Música de Trabalho - Renato Russo"
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
De todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar"
* "Música de Trabalho - Renato Russo"
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