Eu permaneço calado. Emudecido. Não forço nenhum ajuste. Tudo deve fluir como bem entender. As coincidências parecem nublar os desejos. Mas nem por isso uso de oportunismo. Até poderia, mas prevalece a cautela. Vejo-me censurado pelo meu próprio ego. Até mesmo nas letras. A que ponto cheguei.
Pensei muito sobre tudo isso. Não em busca de reposta, apenas deixei que as ideias me invadissem a mente livremente. Não fui a lugar algum. Dirijo meu carro de madrugada, me ajuda a refletir. Mas não saí do lugar. E ainda não consegui definir o nome disso que me incomoda quase o tempo todo. Acho que o termo seria “inacessível”.
Não era pra ser problema meu. Eu não estive lá. Não sentei à mesa, não dividi a bebida, nem compartilhei confidências. Nem mesmo estive presente. Mas é espantoso como há algo presente e nem sei bem o que isso vem a ser, nem para quê se manifesta.
E quando essa corja me condena, eu penso: “deve ter mesmo algo de muito errado nisso”. Mas passa, e eu aguento. E faço.
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