quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O tamanho da dor*

Mais uma vida jogada fora
Um coração que já não bate mais, descanse em paz
Sonhos que vão embora, antes da hora
Sonhos que ficam pra trás.

[...]

E agora?
[...]
A dor é do tamanho de um prédio
Não tem remédio, não tem explicação, não tem volta
Os amigos não aceitam, o irmão se revolta
A família não acredita no que aconteceu
Ninguém consegue entender (...)
O seu pai ficou mais velho, mais sério e mais triste
E a mãe simplesmente não resiste.

[...]

Todo mundo toda hora tem vontade de chorar.

[...]

Realmente é impossível entender.
Nenhuma resposta vai ser capaz de trazer de novo a paz à família.
Nunca mais suas vidas serão como antes
E eles olham o seu retrato na estante
Aquele brilho no olhar e o jeitão de criança
Agora não passam de uma lembrança
E a esperança de que esteja bem, seja onde for,
Não diminui o vazio que deixou

[...]

A tristeza às vezes é tão forte que é mais fácil fingir que não houve morte.

[...]

*Editada e adaptada da música "Pra onde vai?" (Gabriel, O Pensador)


- -

tentando não morrer de tristeza

2 comentários:

Quem escreve disse...

Venho, com os anos, reservando algum espaço para esta dor, qdo eu tb tiver que enfrentá-la. Ela vem, eu sei... Mas sei tb que nunca vai ser suficiente o espaço que abro, ano após ano, aqui no meu peito. Penso que seja importante, além desta reserva (ah.. que você tão rápido precisou abrir), ampliar mais e mais, muito mais, o espaço da lembrança, da saudade. Sem esquecer que é ali que vocês vão, a partir de agora, se encontrar. Sempre. Mais longe? Mais perto? Ainda não sei... acho que tão perto mas tão perto que agora dói. Amigo: você sabe bem que as coisas são passageiras. Não importa o tempo, são passageiras. Isso ai, que dói por hora, logo se apazigua. Depois, com a paz, estou certo, você volta a sorrir com este anjo que foi pra um lugar diferente do nosso, mas não menos carinhoso. FORTE ABRAÇO e FÉ EM DEUS!

Carol Javera disse...

Chorei.