domingo, 21 de fevereiro de 2016

A prece

Olhava todos os bancos, um a um, demorada e atentamente. Não a encontrara. Gostaria de vê-la, quase sem querer, num banco de madeira, no canto esquerdo – quase um clichê de comédia romântica. De repente, inesperadamente, um rosto bem familiar e uma companhia fria.

Foi repousante, com alguma instabilidade, é verdade. Mas o homem, que ainda se lembrava da mesma rotina, desde menino, permaneceu ali, sentado, tranquilo. Às vezes olhava para o alto, demoradamente. Fechava os olhos emocionado. Sem perceber, fazia uma prece, com fé, com amor. Paixão. Não poderia ser diferente.

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