É claro que ainda estou aqui. Vejo tão claramente, nos
rostos tão belos quanto a luz do sol que suavemente a toca, num horizonte tão
impressionante como se não fosse real. Penso, agora com mais cautela, muito
mais, diga-se de passagem, sobre isso, sobre elas e sobre tantas outras coisas
que não acontecem. E nas que aconteceram.
Sei que parece distante, ausente, irreal. Mas não é. Pode
ser fragilidade, talvez, de fato, o seja. Não importa. Às vezes, é preciso se
preservar, se afastar, deixar fluir naturalmente. Quando falávamos disso,
outrora, era tão diferente, tão presente, mas tão superficial.
Sobre o que falo, com quem falo, não importa. Mas eu penso.
Eu ainda penso. Eu percebo, mesmo quando não quero. Eu estou aqui. E sou o que
sou. Sou aquilo que preciso ser.
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