segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Tormento

Não diz todas as palavras. A que ponto a doença interfere. Penso, lamento, mas deixo passar. Simétrico. Como deve ser. Medido, compassado, calculado. Ritmo, movimento. Passo a passo, não pise na linha, cuidado com a curva. Não esbarre. Respire ensaiado.

Cuidado com os números. Desvie das coincidências. Transforme o medo em imagem. Subconsciente colecionando ideias. O corpo sente medo. A alma pede ajuda. Não menciona o que deve. Permanece imóvel até que os segundos se passem.

Uma situação, um contexto. Explicações matemáticas. Uma lógica inexistente. De consolo, recolhe as lembranças e as transforma em conforto. Só as que trazem conforto. E lá no fundo segue uma esperança que sustenta de pé. Fé.

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