quinta-feira, 2 de junho de 2011

Preparado

Eu não estou triste. Nem tampouco preocupado. Eu opto pelo equilíbrio das forças, mas nada que possa parecer desinteresse. Eu realmente pensei muito sobre o apetite dos abutres que circundam o ambiente. Mas tenho uma parte de mim incorruptível. E é essa parte que eles não vão levar.

Todos aqueles sonhos dos quais me falaram aos 17 não tem nenhum sentido. Nenhuma daquelas ambições existem de fato. Mesmo como utopia, essa busca não tem nenhuma sintonia com o mundo de verdade. Quando volto pra casa, no fim do dia, encontro tudo o que realmente importa. Ninguém conhece a palma das minhas mãos. Ninguém imagina a frieza do meu discernimento. E é assim que deve ser.

Há mais coisa descartável ao redor do que peças valiosas. E essa é uma tendência daqui para frente. Ainda assim, há de se conservar, pelo interesse próprio e não há mal nenhum em admitir isso. Eu não precisarei guardar um centímetro de gratidão. E é essa sensação de alívio que me motiva a não pensar com bondade em nenhum daqueles que sobram na minha percepção. Uma completa apatia.

Uma adaptação. Cada coisa em seu lugar. Ao seu tempo.

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