segunda-feira, 18 de abril de 2011

Do elogio à noite

Às vezes é preciso fazer uma pausa, ele sabe. E é aí, que ela chega sorridente e o elogia, pela primeira vez, sem nenhum planejamento. Não é pela vaidade, nem pelo ego. Mas ele a quer de verdade e quer que seja assim também para ela. Admiração e desejo, do físico à alma. Mas, nesse caso, prefere focar-se no físico.

E ela repete, pra que ele tenha certeza. E ele a acha ainda mais bela, não se cansa de olhar seu rosto na tela, sem perceber o tempo passar. Se, distancia não houvesse, a noite prometeria um jantar, um lugar bacana, uma roupa provocante nela, elegante nele. Vinho, tinto, até que ele começasse a olhar cada movimento dos lábios dela ao falar, esperando o momento certo para interromper tocando-a com os dele.

E, dessa vez, ele não iria embora.

Um comentário: