segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vinicius tinha razão

É fácil amar o belo. Não há nada que desmanche na mente a sensação de cada toque, com as mãos, com os lábios, com os olhos. E a cada segundo se pensa: “seria fácil amá-la”. Nada mais conveniente do que mexer nos seus cabelos longos por horas, sem contar o tempo, apreciar cada curva inacreditável do seu corpo. Fácil e prazeroso.

Não importa quão perfeito sejam seus traços, a ponto de não acreditar se, de fato, alguém a terá por inteira, entregue, nua, completamente. Sempre haverá uma paixão incontrolável, por vezes promíscua (o que tornaria tudo ainda mais interessante).

E cada vez que a vejo andar, parada, estática, penso nas mil faces que nunca vi. Divirto-me com o inexistente. Entrego-me ao inexplicável. E até converso, às vezes, em silêncio (é claro, a sutileza da metáfora limita a compreensão). Mas me contento com uma ou duas palavras acertadas. Pelo menos por enquanto. Sim, ele tinha razão.

Um comentário:

Amanda Teixeira disse...

vc tbm heiim, HEIOAIUHEIUEAOH
eu gostei
(: