sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A sua espera

Quando meus passos não sabiam mais para onde ir, me lembrei de você. Pensei que poderia ser livre outra vez, mas estou amarrado em lembranças. Imaginei qualquer cena romântica quando, de novo, nossos olhos cruzaram, assim, sem querer. Mas tudo o que pude sentir foi nada. Vazio. Ausência de qualquer significado ou referência autêntica daquilo que compõe a essência do coração humano.

Então por que ainda me persegue em meus sonhos? Talvez sonhemos com as coisas que não importam. O sorriso tão cheio de vida enferrujou. E pude, finalmente, ver mundos tão diferentes, que nunca deveriam ter se cruzado além do desejo físico, se é que mesmo isso não tenha sido capricho.

Não há mágoa, nem dor. Só um constrangimento esquisito quando os lábios ousam tocar o rosto, numa saudação ensaiada e cínica. Observei a sua espera e continuei a sentir nada. Nenhum arrependimento, nem culpa. Nem mais aquela curiosidade de como tudo poderia ser. Simplesmente porque nunca iria acontecer.

2 comentários:

Amanda Teixeira disse...

uaau, eu ameeei esse.. ainda não tinha lidoo, mto bom mesmo.. .-.

Quem escreve disse...

.. será? E é ai que eu SEMPRE perco meu sono.