quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sexo imaginário

Talvez pela pele clara, quase transparente, a moça pareça apagada, sem brilho. Mas o dourado em seu corpo e a estrela que leva tornaram sua beleza visível aos olhos de macho. Nada que se ouse pronunciar abertamente, mas há, sim, algo de inusitado em traçar caminhos imaginários para sua vida com incontáveis variações: recatada, delicada, promíscua, devassa, menina ou mulher. Cada uma das nuances tem seus encantos.

Se ela anda com os olhos baixos, não se imagina paixão, nem se deseja algo impróprio. Mas a mente é dona de si e reflete no corpo como bem entende. Se ela mexe os cabelos pra trás, discretamente como quem convida, há quem perca o controle do imaginário. Nem um passo além da ilusão. Ainda bem.

Se ela chega com aquele sorriso largo, aí sim, há quem perca os sentidos em pensamentos obscenos, de noites de prazeres intensos e audíveis do quarto lado, de quem, sem pudor ou receio explorou o que de mais pervertido possa haver naquela alma feminina.

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