Abriu os olhos em plena madrugada, embora, de fato, estivesse acordado. Despistou qualquer forma racional de análise e rapidamente escolheu as roupas que melhor lhe cabiam. Entrou no carro, sentindo dono de si, senhor de sua própria razão. Não ligou o som, mas apreciava o silencia. Ouvia os pensamentos cochicharem entre si.
As ruas largas e vazias descaracterizavam a real aparência do local. E isso fazia com que andasse rápido, mas sem perder um só detalhe da madrugada tranquila, de clima frio. Pensou em uma bebida quente, mas isso seria o suficiente para desviar-lhe a atenção do que de fato desejava fazer.
Em poucos minutos estava lá, parado, em frente à porta dela. Não a chamou. Nem tomou qualquer atitude. Mas ali permaneceu, com o pensamento nela, como se assim estivesse mais perto. E foi nesse momento em que descobriu que a amava.
Um comentário:
Nossa, que lindo.
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