sexta-feira, 23 de julho de 2010

A morte da arrogância*

“É como se fosse um esporte” dizia o jovem, ainda com voz de menino, sem saber muito bem o que falava. E se todas as imagens se tornam supérfluas, essa fala é extremamente significativa. A glória da conquista. O que acontece com a mente arrogante? Busca subterfúgios para explicar egoísmo.

No fundo, ele só queria uma chance de ser visto. Por ela. Deitar em seu colo e ouvir sobre suas fraquezas. Mas para isso, demonstra sua fortaleza, é preciso atacar antes de abrir a guarda. Na verdade, é sempre uma estratégia de combate. Sempre há um conflito, uma “guerra”. É como um esporte (lembra?).

E morrer é o preço da imagem. Na guerra ou no esporte, não se pode ganhar sempre. Mas de que valeria a vida se não para morrer e ser lembrado por ela e por suas glórias? A distância torna belo o que já é triste. A estética do trágico transferida para a vida.

*inspirado no filme “O Barão Vermelho”

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