terça-feira, 13 de outubro de 2009

O tamanho do mundo

Os cafés tornam a madrugada mais lenta. É uma forma de refletir sobre a complexidade humana por mais tempo, aproveitando o silêncio da rua, ouvindo o vento rolar as folhas secas no asfalto, tão escuro quanto o céu. Tantos rodeios só servem para concluir que o mundo é um lugar bem pequeno, a ponto de incomodar o fato de esbarrar nas pessoas o tempo todo.

Está na natureza humana o desejo secreto de ser espião. As pessoas querem saber das outras mais do que conhecem sobre si mesmas. Então eu me zango com aquelas frases soltas, ambíguas, ditas em tom ameaçador. Talvez o mundo seja bem menor do que se imagina.

Ignore-me. Abandone-me. Deixe-me seguir em paz. Limite-se a observar. E não me estranhe; não há nada que eu queira ver.

Um comentário:

Quem escreve disse...

eis que às 1h30 de ontem minha madrugada foi lenta, com café, leite vaporizado, conhaque e chocolate trufado. E o tempo parou para que eu o bebesse...