sábado, 26 de setembro de 2009

Se o mundo parasse

E os cabelos que tampavam o rosto por força do vento também escondiam as lágrimas que banhavam a pele branca, quase rosa, que um dia despertara intenso desejo. Em passos largos e rápidos, a distância aumentava na mesma proporção da tristeza. Mais uma história em branco, uma vida não vivida.

Os pés poderiam parar. O mundo poderia recomeçar. Tudo poderia acontecer. Mas o “deixar fluir” levou para longe os beijos, aqueles sorrisos soltos nas manhãs de sol, as expressões de carinho nas tardes nubladas.

Não vão se esquecer. Mas por um tempo não mais pensarão naquela sensação boa daqueles dias. Até que um outro café qualquer seja o palco de um novo amor, ou, que um tinto seco perca o sabor. Depois de um tempo não há mais dor. Mas ainda estará lá.

Um comentário:

Carol Javera disse...

Ah como eu queria que o mundo parasse...pelo menos por um dia.