quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Na sala de leitura

Em um mundo distante, que não é meu, mas que me desperta saudade e uma vaga lembrança da juventude longínqua, abro um livro de Cecília Meireles e sinto de novo, por um breve instante, aquele gosto doce. Ao meu redor, a simplicidade da natureza e o silêncio referenciam ao desejo escondido de uma vida em paz e menos complicada.

Olho no relógio, lembro que os prazos existem, os motores exigem combustível, as canetas não podem descansar.

Sinto aquele nó na garganta, o medo do absurdo, tal como me encontrava nas vésperas de prova, quando ainda tinha 12. Percebo, então, como as coisas são sem importância, mas a vida não mais me permite brincar.

É hora de caminhar, chorar todas as dores, desfrutar os prazeres e encarar a solidão de morrer a cada ciclo.

Um comentário:

Quem escreve disse...

AMIGO!
Sabe que tal nó na garganta, depois de velho, não aparecem mais às vésperas de prova? E me fazem falta... Eles agora não aparecem mais. Me sinto deles com saudades. Os nós, puros à época, apenas trouxeram mais combustíveis para eu botar pra queimar.