domingo, 7 de junho de 2009

Simples como deve ser

Ele acorda todas as manhãs atordoado, procurando o cigarro após ter sonhado estar fumando. O som do cotidiano passa despercebido, mesmo no início do dia, quando o ruído do despertar da casa rompe o silêncio do sono. O café. Pouco açúcar. Meia xícara. Mexe bem. Dois goles, deixando o fundinho grudado com açúcar no fundo. Pronto, já está acordado, talvez ligue o computador .

Tudo parece divertido. A vida precisa ser leve para suportar a pressão de todos os dias. No carro, no caminho para o trabalho, às vezes cansativo, outras tantas chato, o som agradável é alento para a perturbação da obrigação. Já em casa tudo parece simples. O dia acabou. Ou começou. Tira a camisa. Outro cigarro (o maço no fim). As vozes são muitas. Melhor não ouvir ou só resmungar um lamento qualquer. O sofá o acomoda. A TV o consola. Um sorriso antes de dormir. Pronto.

Nenhum comentário: