A sensibilidade pode não ser algo bom. Às vezes me sinto exposto, de maneira muito intensa, me preocupo, me cobro (demais), me avalio, me envergonho, me sinto magoado. Tenho dormido mal. Parece que não domino bem a capacidade de lidar com as adversidades. E é por isso que a sensibilidade não me favorece nessas ocasiões.
Tenho buscado amparo nas pessoas próximas, aquelas que importam de verdade. Quando sinto meu coração afagado, ameniza a angustia de todas as contradições cotidianas, canalizo todas as emoções e me sinto vivo por inteiro, novamente.
Luto contra essas sensações questionadoras diariamente. Não desejo a tristeza, ao menos não essa para a qual não encontro solução. Às vezes sinto vontade de recomeçar aos três anos de idade, me tornar menos sensível às cobranças alheias, fazer crescer a humildade e diminuir o servilismo em mim.
Eu poderia ser bom. Se eu começasse novamente, talvez faria tudo diferente. Repetiria alguns dos erros que tenho colecionado. Não pretendia ser artista ou esportista, a fama não me atrai tanto. Mas eu poderia ser simples, descomplicar sentimentos, reformular minha sensibilidade a favor do meu bem estar para não perder minha paz.
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