quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Liberdade e pensamento

A liberdade mais importante é a que me permite sem quem eu sou. Gosto de navegar em pensamentos absurdos, secretamente, o tempo todo. Às vezes, chego a ter medo de ser ouvido, tamanha a audácia do que me permito, sem qualquer tipo de censura.

Gosto de observar expressões. Especialmente os rostos. Imagino cada um dos pensamentos esdrúxulos improváveis, misturo o com os meus próprios, criando cenários impossíveis. É o que chamo de imaginação. A verdadeira. A que possui sentido. Porque o resto é, normalmente, perda de tempo.

Essas são ideias que se dissipam com a mesma velocidade em que surgem. Não, eu não abro mão da concentração nesse instante, por mais incrível que possa parecer cada um desses segundos, em que a mente vaga sem nenhum compromisso com a verdade. É estranho imaginar que as pessoas pensam, sonham, imagina,, isoladamente, o tempo todo, em cada opinião incoerente.

É inexplicável como isso acontece, especialmente comigo, especialmente nessas circunstâncias. É cansativo pensar. Cada comentário que interrompe é um lapso de sanidade que se vai. Porque, às vezes, minha percepção fica às avessas. E isso é bom, na medida em que o cotidiano fica simples. Fácil de superar adversidades menores, que normalmente consumiriam minha energia.

Você tinha razão. Só o que importa é a liberdade. Ao menos nesse momento. Porque é assim que me sinto protegido. Expressando-me.

Um comentário:

Quem escreve disse...

Sabe que me seguro em pensamentos? Eu sei que os outros me escutam. Não que eles tenham superpoderes, mas esse velho já não sabe quando escuta pensamentos ou quando escuta sua própria voz em alto e bom tom.