Eu me lembro de você. Daquele sorriso doce, inocente. Ou
não. Mas eu me lembro das risadas escancaradas, nos cafés de expediente, outros
papos intermináveis. Infundados, não importa. Confissões importantes,
passageiras. Sonhos impossíveis. E tantas e tantas outras coisas que eram
simples.
Você era jovem. Jovem de verdade. E isso era parte do que
fazia sentido. Ainda não descobri como, mas havia uma linha tênue, invisível,
que a separava da fase em que você seria o que realmente é. E se descobriria.
Alguma coisa nessa mistura não havia dado certo aos meus
olhos. Aos seus também (que agora, aguçavam o senso crítico). Eu não sei bem ao
certo como tantos dias se passaram. Mas o que eu menos sei, ainda, é como tudo
isso pode ter tido um rumo tão estranho. E o que é mais estranho: eu me
importo.
Tomara que esteja de volta. Porque, estranhamente, eu sempre estive aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário