Eu vejo o quanto nos alimentamos de boa intenção. Os anos que passam registrados nos traços, nas fotos antigas, nas não tão antigas assim. Aves negras a espera de novidades e às vezes as imitamos também. Na intimidade do lar ou no inusitado improvável local em que não estaríamos presentes, em diferentes circunstâncias.
É claro que o sono não vem. Não enxergo um lápis há muito. Mas as letras de juntam na minha frente (estamos na era digital). A realidade esconde as metáforas. E as ridiculariza o tempo todo. Somos todos ridículos.
É essa obsessão pela paz. A tranquilidade se vai com ela. A virtude se constrói pela comparação. A lei da compensação. Melhor seria não houvesse rima com consolação. Os degraus são pequenos. Muitos. As frases curtas. A espera é longa. E o tempo tão escasso. Tão pouco pra tudo. E pra nada.
Pouco importa.
2 comentários:
Produzimos ao mesmo tempo essa noite, e nem sabíamos. E o seu caminho cruzou tanto com o meu em palavras, que a sintonia até assusta. Vide.
Mas é de noite que tudo faz sentido.
No silêncio eu não ouço meus gritos.
Reconhece?
Aposto que sim.
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