sexta-feira, 27 de julho de 2012

Quem realmente sabia

Quando acendeu as luzes, ofuscou a vista como naquela época. Seus olhos se dividiram em dois olhares, como antes, muito via, pouco enxergava, de fato. Todas aquelas palavras embaralhadas, de novo. E para que? Buscava sentido. Conexões passadas. E tudo o que encontrava; lembranças, recortes.

Não. De novo as luzes se apagaram. E, agora sim. É no escuro que se revelam as imagens. Como fotografias. E os retratos de sua vida mais parecem um mosaico. Muda o sentido conforme viram os olhos. De longe, o conjunto tem, ainda, outra forma.

Tem agora outro rumo. Bom. Melhor. Talvez. Provavelmente. Para um. Para outro.

Ele sabia. Mesmo. E ela também.

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