Ele sabia que aqueles olhos lembravam algum outro dia, um céu estrelado ao som flashback ou qualquer outro encontro informal. Mas o que o incomodava mesmo era o jeito dela sorrir, assim como costuma fazer, com os olhos e com as sobrancelhas. Um jeito diferente de ser bela.
Passou dias refletindo a mesma coisa: coincidência, comparação e compensação.
Não lamentava, mas imaginava, é claro. E ela sabia. E mostrava que sabia cada vez que o olhava fixamente, sem dizer nada.
E vai ser apenas mais um acaso banal e cotidiano, ao fim de alguns dias. Tudo o que irá restar é a lembrança da semelhança, e a sensação da compensação. Uma coisa sempre supre a outra.
Mas a comparação, essa é inevitável. Nessa ou em outra parte qualquer.
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