Hoje comecei a escrever pelo título, processo nada usual (quem escreve sabe o porquê). Talvez eu vá para algum lugar. Quem sabe visite cidades distantes, paisagens belas, mundos modernos ou antigos pela estética – poético.
Estava com saudade de mim mesmo. Daquele que eu ainda não fui, do que pretendo ser, quando subir a montanha toda (ou parte dela). Vontade de visitar aquilo que guardo comigo. Conhecer o inesperado. Vibrar com vontade, dessa vez. Superar as tristezas, sem esquecê-las. Amenizar a dor, sem apagar as marcas.
Quando se cura, voltamos ao estado anterior, de quando éramos saudáveis. Não há cura para a ausência. A saudade não sabe fugir. A gente esquece, sim, e isso é péssimo. Por que lembramos a toda hora, ainda com mais força.
Eu agradeço aos céus. Celebro a continuidade da vida. Da nossa. Não fecho os olhos para pensar. Olho pra frente. Com firmeza. Há o que comemorar, mesmo que o contexto não permita festas. A vida ainda está aqui, mesmo que eu não entenda o sentido. E isso se faz muito importante.
Não tornarei essa falta em algo oculto, que não se pode pensar. Passo a ver de forma diferente. E não, não passa, não se aceita. Mas, claro, permite-se viver e cultivar a vida, o que é vivo e se faz presente.
Telefono para o futuro. Brindo aos tempos que se renovam. Transformam-se dentro de mim. Estive com frio, andei na chuva. Pensei na tempestade. Mas optei conectar-me com a vida. Alô?
3 comentários:
Depois da tempestade sempre vem a calmaria.
Que texto lindo!
É o processo natural da vida, amigo. E esta deve ser celebrada sempre! Não é mais insensível aquele que a continua, depois das perdas. Mas é valente quem sorri e a enfrenta, valorizando novas conquistas e convivendo, ainda que dolorosamente, com as ausências. E as ausências? Essas são passageiras. Quero acreditar nisso...
Esse texto fala tudo mesmo!
Seja bem vindo devolta Renato,
vem com tudo ^^
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