Calma. Respire. É o que tento fazer. Os dias têm sido muito diferentes. Espero ansiosamente pelas minhas orações habitais. Nesse espaço de tempo, vejo a moça na minha frente, enquanto ela mexe os cabelos longos e negros pra me provocar. Ou por puro acaso. Observo como as pessoas ficam bonitas num fim de tarde de outono, com dia nublado.
Tudo passa por mim muito rapidamente. Medo, desejo, apreensão – uma alternância emocional constante e ágil. Às vezes, isso alimenta a esperança de sucesso. Ou um serve para compensar a ausência do outro. Por que estamos sempre compensando perdas e insucessos com outras coisas. Criações psíquicas. Motivação. Ou não.
Mesmo as mãos mexem de maneira afobada no teclado, na ânsia de dizer algo importante. Canalizar essa exata sensação, no mais curto tempo possível. E, agora mesmo, lembranças e pensamentos soltos misturam-se ao presente.
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