terça-feira, 22 de março de 2011

Menina bonita

Olha a menina bonita que passa à direita, atravessa a rua. Mexe os cabelos, com o rosto ao vento, a natureza a completa. Não se define por experiência, não se sabe seu passado, pouco se viu no momento, desconhece-se o futuro, então. E é isso que a faz bela, lapidada. A ausência de histórias viciadas, clichês cansados.

Ela é bonita como nasceu, sem marcas reveladas. Mostra um sorriso discreto, mas, se há lágrimas, outros olhos não veem. E como é bonita assim. Começa a viver agora, do começo, sem restos nem pedaços. E o mundo poderia ser outro, assim, de repente, numa história que se formasse alheia ao comum da vida.

Mas como é bonita essa moça. Quanta beleza poderia ter. Se, com alguma magia qualquer, tudo começasse ali e se encerrasse adiante, como num conto, numa curta-metragem . Mas, é claro, ela vive outra vida. E ele também.

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