quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Aos trinta

Aos trinta guardei as três palavras mais fortes das últimas três décadas. Fiz as apostas mais sérias e arriscadas da minha vida. Envelheci, sofri, mais do que há dez anos. Refleti. Saboreei tristezas inéditas (ainda sinto o amargo na língua). Contei histórias que não conhecia. Tracei rumos. Criei expectativas.

Pouca coisa muda, de fato, depois de dez anos, no que se refere ao tempo em essência. Ainda somos aquilo que somos. Vivemos como se 20 tivéssemos (e até gostaríamos disso, só às vezes). O som da pronúncia numérica da nova década pode até parecer, de certa forma, estranho, talvez constrangedor. Certa insegurança.

Sei também que, dessa vez, o telefone tocará uma vez menos. Diferente de antes. Dizer “tudo bem” soaria falso. Deixar de sorrir para as outras tantas, também, seria desperdício. Lembrar aos dez, aos 20, imaginar-se aos 40, é até saudável.

Não alimentei famintos. Não fiz um brinde, como de costume. Mas olhei, surpreso, pra tudo e sorri de canto de boca, satisfeito por hora. Quase não percebi os olhos úmidos. Nada pode ser previsto. Pensei.

3 comentários:

Quem escreve disse...

FELIZ ANIVERSÁRIOOOOOOOOO. Logo logo, daki uns 20 dias, te alcanço ai nos 30, viu?!

nos vemos lah!

Carol Javera disse...

Bem vindo aos 30 anos!!!
Enjoy!

Amanda Teixeira disse...

ta vendooo ? ter 30 deve ser mto loco, rs ;p