sábado, 11 de dezembro de 2010

Egoísmo sincero

E o que é isso de pensar, agora, então?

Eu posso sentar sozinho naquelas cadeiras verdes, cultivar a superficialidade das relações, ouvir, de novo, tudo o que já sei desde antes e, ainda assim, sentir a brisa da madrugada gelar meu rosto, sem que ninguém perceba. E é esse momento egoísta que valorizo em dias como hoje.

Posso deixar a barba, tirar a gravata, beber algo caro. Ou não. Não importa. Dividir o que penso e o que realmente sou é algo que não está em negociação. Mesmo porque, não há ofertas no momento.

E amanhã, logo cedo, quando eu chegar com aquele sorriso ensaiado, pouco será revelado. Desejos, crenças, cultos, contradições que carrego comigo o tempo todo, escondendo, também de mim, ás vezes. E me lembro, só quando o outro lado me provoca com o mesmo modo de pensar.

E logo retorno ao imediato. Cadeiras de costas pra mim. Conversas particulares. Meus assuntos são mais relevantes, garanto. Mas não. Não servem para fazer amizades. E, claro, jamais seriam desperdiçados.

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