E se todos os planos fossem perdidos? Se os medos mais insanos estivessem bem perto? O que aconteceria quando o mundo acabasse? Não há mais pelo que esperar. Chegar em casa e ouvir o silêncio da paz interior. Sem ligações tensas interrompendo o descanso. Nada de anormal poderá atingir o cenário. As crises se minimizam.
Não preciso ir a nenhum lugar. Sem motivos para me preocupar. Reina aquilo que eu sempre esperei nos momentos de maior angústia: a ausência do pânico pelo inesperado. E, agora, é definitivo. Eu não vou mais cruzar caminho algum, exceto o que me convém, claro.
O desperdício ainda incomoda.
Um comentário:
A inexistência de algo anormal é um fato explosivamente inexplicável. A não ser, é claro, por nós. Quando para nós.
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