segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Quando a saudade diz

Eu tenho os meus próprios rituais. Não compartilho. Às vezes preferiria não comentar, mas frases soltas já correram pelos cantos. Aprecio o silêncio. É nessa condição que consigo conversar comigo mesmo, numa relação egoísta, escondo toda a percepção do que está alheio. E me sinto privilegiado por isso. E quando não vejo ninguém à direita, a intensidade é ainda mais significativa.

Gosto das minhas peculiaridades. Gosto me sentir assim. E valorizo não dar explicações. Se uma de saudade me vem, escrevo uma frase que traduza o instante, entrego de mim apenas a melhor parte. Sorrio por dentro e sei que você me vê, distante como não se imagina, mas tão próximo quanto o que se pode sentir.

Meu pensamento voa. Meu sentimento repousa. Recosta suavemente no seu colo, como nas vezes em que você mexia em meus cabelos por horas, até que eu adormecesse. Procuro esquecer sua ausência. Quando me entrego às minhas sensações sem sentido, sem perceber, me entrego a você. De mansinho. De verdade. Até que a saudade diga tudo o que eu não devo sentir. Mas sinto.

2 comentários:

H. Machado disse...

1,2,3,4,5,6

6,5,4,3,2,1

...

Boa noite.

Amanda Teixeira disse...

aaaahh, saudades desses textos heim..

ameeeeeeeeei esse *-*