Os olhos estão brilhando. Eles se encaram, quase de perto, por alguns segundos, até que, vez ou outra, ele abaixe os olhos para disfarçar o que pensa. E ela não perde aquele sorriso no canto da boca, que a deixa ainda mais encantadora. A incerteza é a mãe da insegurança. Ele arrisca um carinho nos cabelos, no rosto, observa a reação. Ela não se afasta. Aproximam-se mais, ao som da pergunta: “O quanto você gosta de mim?”. E os lábios se tocam num beijo com gosto de saudade.
Há quanto tempo. E por quanto tempo havia esperado. Ele, surpreso, gosta de olhá-la, admirá-la, linda, cachos encantadores. No pescoço, a medalha dourada com desenho de criança é o detalhe que resume o jeito de menina. Doce, única, quase um conto de fadas. As bocas se encontram de novo e, agora, ele tem certeza: era pra acontecer.
Responde perguntas difíceis, ri, brinca de imaginar o destino. Ele parte, já com vontade de novo. Sente o cheiro que o abraço deixou. Parece coisa da adolescência. Pensa por um momento e afirma em pensamento: “É claro que daria certo. E ainda seria bom”.
3 comentários:
Sublime... Exatamente como deveria ser.
eu simplesmente acho esse texto lindo, lindo demais.. parabéns, palavras certeiras.
Ele partiu, mas irá voltar. Ela partiu: ao meio.
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