domingo, 6 de junho de 2010

Encontro casual

O jeito de nos olharmos nunca mais será o mesmo. Será diferente para nós. Será diferente entre nós. Haverá sempre aquele contexto triste, um choro engasgado que não sai da garganta. E os olhos penetrantes ficam distantes, então, evitando derramar as lembranças que insistimos esquecer e não conseguimos.

As mãos ao redor da cintura deixam tudo ainda mais trágico, saudoso. Impossível não pensar em como seria, se tudo fosse diferente. Dói, em um único segundo, reviver todos os toques no seu corpo, os beijos, do primeiro ao último, e ver tudo se desfazer tão rápido, com você na minha frente, sorrindo mecanicamente.

Quando eu penso que você partiu, vejo de novo seus olhos bem perto dos meus. E eles me dizem que você também não esqueceu.

Um comentário:

Amanda Teixeira disse...

perfeito, parece que consigo entrar nessa cena.. parabéns