quinta-feira, 15 de abril de 2010

Somos outros

E eu te amava... Tão intensamente, que não sabia medir tamanha inocência. E tudo parecia filme, era permitido dizer, acreditar, menos realizar. Mundo tão estranho esse, em que músicas resumem uma vida. Não uma, mas uma coleção de canções, não importando o gênero, nem ritmo.

E hoje enxergo o crescimento, observado e guardado com tanta paciência. Mas agora certos poemas parecem estranhos, não pela falta de proximidade, ao contrário, pela extrapolação. A intimidade ampliada gera perda de alguns conceitos, antes explorados em busca da cumplicidade já conquistada.

E eu te despia, assim, sem qualquer ensaio, observando atentamente cada movimento do seu corpo, como se ele conversasse com o meu.

E tudo acontecia rápido. Tudo se transforma lentamente.

Hoje somos outros, mas ainda somos nós.

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