segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sobre pequenas mudanças

A personalidade de cada um, às vezes, num desses momentos raros da vida, passa por uma reconstrução paradoxal, que extrai o ser do contexto do círculo e transfere-o para o cenário do paralelismo. E esse desfrute metaforicamente geométrico acontece para que se entenda o conceito de posição e de definição. Cada um é aquilo que é, sempre foi, e todo o resto configura-se como pequenos escapes da solidão.

Ninguém muda a direção dos passos. As pessoas constroem suas próprias ilhas. Voltar ou não, permanecer ou ir embora, não é, nem nunca será uma decisão coletiva. A coletividade é o disfarce da individualidade. E nem haveria de haver nada de errado nisso.

Um comentário:

Quem escreve disse...

sabe... ainda moço amei uma ilha que se bastava a si mesma. Não fazia questão de dar frutos, não me dava o pio dos seus pássaros, e mal aceitava minha mão em seus seios, de onde só quis frutificar gozos de alegria. E não haveria nada de errado nisso não fosse eu errado em insistir... Fiz certo em abandonar tal ilhazinha? A outra, será diferente?

Ainda não vivi o bastante para saber... me diga o que sua vivencia diz!