sábado, 4 de julho de 2009

A rotina

Parece que o sol nasceu. Abriu os olhos. Pronto. Estava acordado. Tudo de novo, como ontem. De repente se lembra. Escuta a música que não lhe sai da cabeça. Pensa no que sonhou. Nada intenso. Inicia o ritual. Sem café da manhã. O sono provoca. Deseja ficar na cama. Levanta. Começa o dia. Veste-se bem; ela o verá. Escolhe as peças com cuidado. Ajeita a roupa informal. Charme.

Caminha, chega ao corredor. “Bom dia” para todos. Sorriso para poucos. Olhares para ela. Hesita um pouco antes de sair. Tenta um recado pelo olhar. Ela desvia. Não entende. Perdera o charme. Por um momento nem se importa. Espera o dia passar. Sente-se triste. Tédio. Raiva. Triste de novo. Ainda 10h30. Agora sim café, preto, doce, meio copo.

Fim do dia. Esbarram-se no mesmo corredor. Saem juntos. Conversa informal. Separam-se. Não se despedem. Não olham pra trás. De novo triste. Pula o tédio. Direto à raiva. E continua. Tenta esquecer, não consegue. Tenta odiar, talvez. Busca o desprezo. E se trai. Deita. Dorme. Sonha. Morre.

Nenhum comentário: