Certas obrigações sociais me deixam realmente intrigado. Claro, não há nada que se possa fazer a esse respeito. Mas a liberdade artística pode ser cerceada injustamente, a cada convenção burlada, com prejuízos incalculáveis. Quando a emoção perde o lugar para razão, a sensibilidade deixa de existir e então, tudo perde completamente o sentido.
Não pretendo me calar. Há tempos suporto a dor da percepção e enfrento todas as dificuldades, técnicas e emocionais, para dar voz ao intraduzível no mundo dos espiritualmente mortos. Possivelmente eu me renderei a certas pressões. Mas nem por isso me esconderei atrás do imediatismo. É contra essa ansiedade maldita que luto todos os dias.
Eu sei, parecerá simplista, mas, embora seja estranho, faz-se necessário nesse instante. E ao final, ainda estaremos aqui, eu e você, discutindo coisas belas e bobas, sorrindo, aos prantos, não importa. Estaremos atuando até depois de partir, em todas as esferas.
Um comentário:
Achei meio vago esse, mas bonito o final. ^^
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