sábado, 13 de junho de 2009

O encontro

O ar faltou-lhe quando por um instante o cenário do seu sonho se fez presente diante dos olhos. Ela aparece repentinamente em seu caminho, olha e, nesse momento, ele imagina toda a hostilidade manifestada em seu sonho. Mas, ao contrário disso, ela surpreende-o com sorriso simpático, e diz “Oi, tudo bem?”, de maneira doce, encantadora.

Então, sem entender aquele sentimento estranho, um gosto amargo na boca, um receio de que ela tivesse agido de forma inconveniente, ele responde ao cumprimento de modo atordoado, praticamente denunciando o susto. Eles seguem caminhos diferentes, com finalidades distintas. Ainda se cruzam mais uma vez antes que os passos prossigam por direções opostas.

Sem sentir os pés no chão, andando por impulso, ele tenta, mas não consegue entender o significado do sonho. Nem tampouco a coincidência de encontrá-la poucas horas depois de acordar. Se ela não é importante a tal ponto (nem perto disso), então a mensagem fica ainda mais obscura. Ele tenta dormir, esperando as respostas em outros sonhos, achando graça de tudo isso.

3 comentários:

Quem escreve disse...

Longe deste velho dizer o dito sobre o que se é ou se deveria ser. Mas a gente tem na gente a idéia, que é a essência em sua mais profunda forma, é intrínseca, interior, tal, e é só oq importa.

A linguagem - que tanto nos limita a dizer nossa essência - é APENAS UMA das tantas e desconhecidas formas de se dizer e se fazer dito - e na maioria das vezes, confundir tudo... E a usamos como? Às vezes com exagero que sequer faz parte daquela essência: são justamente sujeira que a esconde, talvez da gente mesmo. Te vejo cada vez mais, em cada vez menos. E isso é mostrar nossa essência.

Carol Javera disse...

Certas coisas são realmente difíceis de se compreender.

Naakey disse...

agooooooooooooora sim eu achei!!! não tinha lido este! *_* own! []