sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A lua que cega

Levaram meus papéis. Deixaram pouco mais do que um resto de tinta que insiste em manchar essa curta superfície. Mas ainda resta a percepção. E é um processo único, mágico, clássico. Nunca mais essas ideais permearão a mente.

Vejo a mescla de cores, tecidos negros, vermelhos e cinzas. Há um ritmo original, elementos que se misturam e umas tantas revelações superficiais. Detalhes ímpares a vista, fatos irrelevantes nos lábios.

E, horas antes, palavras inesperadas, histórias atravessadas mostraram aquilo que a mente despista. Nem sempre há prazer no que o mundo oferece e há pouco para se esperar de uma noite bela, a menos que algo no céu reflita tamanho brilho capaz de cegar aos olhos qualquer trivialidade cotidiana.

Um comentário:

Amanda Teixeira disse...

'Há um ritmo original, elementos que se misturam e umas tantas revelações superficiais. Detalhes ímpares a vista, fatos irrelevantes nos lábios.' amei