domingo, 19 de dezembro de 2010

De vestido

E o homem fez o vestido. Para que ela o usasse. Para que ele a desejasse. E uma coisa precede a outra, um ritmo perfeito, exibição e contemplação. Finalmente a vê, a enxerga, no meio de todos. Usou a lógica para encontra-la. Abraçou-a. Retribuiu-lhe. Frases e olhares cuidadosos.

Decorou suas curvas. Todas elas. Não podia evitar. Viu seus olhos pelo vão dos vidros, um olhar direto, sexy, só as lentes enxergaram de imediato. Mas pode, claro, conferir o registro. Valera a pena.

Ela “rouba” frutas da mesa. Atrapalha-se para apanhar as uvas. Não percebe o quanto ele a olha. Em seu copo não há álcool. Alguém comenta com malícia (vocabulário surpreendente). Ela parte. Não alimenta expectativas. E ele insiste. Pensa: “Quem sabe ela não beije”. Ela entende. Diz que não. Ele sabe. Ela também.

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