quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quem engana a morte?

Vou parar com os pensamentos fúteis. É constrangedor que eles me envolvam tão facilmente, pressionando meus sentidos de forma sedutora. Há uma tendência natural de entregar-se ao caos, por cansaço ou desânimo. Pequenas coisas definem um contexto ameaçador e perturbador, mesmo com grandes passos na expectativa mais otimista. Tem dado certo manter o otimismo. Então por que penso nos detalhes extras que incomodam? Não sei. Mesmo.

Definir coisas importantes é uma tarefa que não se esgota. Quando o dia parecia vencido, um estalo modifica as perspectivas. Mas as teorias precisam se concretizar. Sempre é possível, claro. A voz mansa convence. Ou, pelo menos, conforta. Mas o êxtase ficará para a próxima fase. Aquela em que as coisas realmente acontecem.

Não é difícil esperar pelos fatos. É muito difícil conviver com a incerteza. Com a insegurança e, ainda assim, crer no êxito. Isso me lembra aquelas velhas carteiras verdes nas quais eu esperava o anúncio do milagre. Nunca aconteceu e, por isso, eu não entendo bem o significado dessa etapa.

Quando a morte se apresenta, a vida se torna pequena. Até quando vou enganar a morte? Espero que para o resto da vida.

2 comentários:

Carol Javera disse...

Muito enigmático...

Denise disse...

e agente cai vivendo...
mesmo com toda gana com td grana ...(me fez lembrar Chico,sei lá pq)

adorei tudo aqui,