terça-feira, 16 de março de 2010

De forma única

Há muito tempo venho tentando dizer algo sobre isso. Nunca mais haverá beleza alguma semelhante a tão doce rosto branco dos lábios cor-de-rosa; delicadeza personificada em gênero feminino. Não bastasse a voz suave, que faz com que os outros a ouçam com prazer inigualável, apenas pela melodia, sem entender qualquer signo pronunciado, ainda há aquele vestido simples, a meia altura, branco, é óbvio.

E todos os olhares são previsíveis. Olhos de cobiça inadequada. Alguns de contemplação platônica. Mas claro, sempre prevalecendo o desejo pelo proibido, afinal, o pensamento é a única forma de liberdade.

Mas nada há de mudar a realidade. Será, ainda assim, indescritivelmente bela, a síntese do que há de mais puro e desejável, de certo modo invejável. Sorriso inesquecível por todos os tempos. Idéia que se perderá mais tarde, numa noite qualquer de completa indiferença ou de incomparável perversão. Tanto faz.

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