Parece uma poesia triste. As bocas ameaçam tocar-se suavemente, chegam a encostar-se pelos cantos. Os olhos fechados denunciam o prazer do encontro. E sempre, sempre aquele sorriso.
Ele contempla os segundos com tanta cautela afetiva que o tempo parece maior. Ela comenta coisa ou outra, lembrando em segredo aquele amor de sufocados gemidos abafados incontroláveis. Ele lê as entrelinhas. Parte. Perde-se no caminho. Encontra-se então. E sorri para si, no dia que parecia poesia.
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